Na primeira consulta, temos uma conversa sobre o motivo de ter procurado ajuda ou de ter sido encaminhado para consulta. Fazemos uma avaliação de sintomas, revisamos questões médicas, o histórico de tratamentos já realizados (se for o caso), a história pessoal e familiar, como se encontra a situação de vida atual. Conforme essa primeira avaliação, também definimos se há necessidade de realizar algum exame complementar para esclarecer os sintomas (por exemplo, alguns quadros de desânimo podem ser provocados ou agravados por deficiência de algumas vitaminas ou por problemas na tireoide). Também discutimos se é necessária testagem psicológica para avaliar melhor algum diagnóstico. Nessa primeira consulta, definimos também um plano de tratamento e de acompanhamento, que poderá envolver cuidados de psiquiatria clínica, psicoterapia ou a combinação de ambos. O objetivo principal não é determinar uma doença ou um código da CID: embora possa ser necessária essa determinação para fins burocráticos (atestados, laudos, alguns tipos de receitas), o foco é em entender o sofrimento que motivou a busca de tratamento e definir uma estratégia para a resolução ou o alívio dele.

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Nesse momento, é importante termos em mente em que etapa de cuidado estamos atuando:
- estamos buscando prevenção, antes que o problema aconteça?

- estamos buscando tratar um problema já instalado?

- estamos lidando com uma situação na qual já existe dano e procurando reabilitação?

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Muitas vezes, teremos que lidar com esses três eixos ao mesmo tempo.